Thursday, December 22, 2005

Wednesday, December 21, 2005

Escorrida, mas shinning

Cenário: Sábado, meio da manhã, num cabeleireiro supostamente xpto mas com quase todo o pessoal com sotaque brasileiro.
- Bom dia, é para cortar e secar.
- Muito bem, pode aguardar um pouco?
Fiquei logo bem impressionada quando abri a primeira revista que escolhi:
Vogue de Janeiro de 2006. Isto é que é actualização! Mas nem tive tempo para chegar ao artigo sobre a Kate Moss, pois chamaram-me de seguida.
Após decidirem que tipo de corte me ficava bem, fui apanhada de surpresa:
- Devia colocar uma máscara de gloss...
- Heim?!? Gloss? (mas isso n é aplicado nos lábios, pensei eu)...
- Sim, uma máscara que vai dar mais brilho ao cabelo e que tem efeito durante cinco semanas, e vai fazer isto e aquilo e blablablabla
Após a explicação exaustiva, fiquei a saber qto o tratamento ia afecta a minha carteira. Ainda assim, deixei-me de merdas e lá me rendi ao gloss. Enquanto estava de cabeça enfiada naquela coisinha de lavar o cabelo (que por sinal nunca me habituei pois faz doer o pescoço como o caraças) chego à conclusão que as senhoras que estão ao meu lado têm algo em comum: todas comentam umas com as outras que vão por a mesma mistela que eu no cabelo, o que as obriga a estar 15 minutos de cabeça para trás, a olhar para o tecto.
No meu caso foi bem mais tempo, já que a minha brasileira resolveu pentear uma criança enquanto o produto fazia efeito em mim. Com o tempo todo que estive à espera, acho que o gloss vai durar uns 3 meses!
E pronto, depois seguiu-se o corte com uma máquina de barbear em substituição da tradicional tesoura e o alisamento dos meus caracóis. Até já estava com pena da brasileira. No final, o resultado pode dizer-se shinning e os comentários até têm sido favoráveis. Resta saber se "o cabelo fica-te bem assim" quer dizer que n me fica bem o meu look habitual...
Já agora, Feliz Natal a todos!

Thursday, December 15, 2005

Lost in Lisbon


Lost in Lisbon
Originally uploaded by Raio de sol.

No fio da navalha...

Bastaram alguns segundos para me sentir a pessoa mais insegura do mundo, bastaram uns segundos para alterar a forma despreocupada com que sempre andei na rua, bastaram alguns segundos para me aperceber que provavelmente andava a abusar da sorte ao caminhar sozinha pelas ruas da capital com o mesmo à vontade com que sempre passeei na cidade natal, bastaram alguns segundos para ficar um pouco mais pobre, novamente sem contacto da rede 96 e com uma nova perspectiva nova sobre o facto dos agarrados serem doentes ou não. Uma doença não se escolhe, aparece e pronto. Neste caso, com toda a informação que existe hoje em dia, só quem se mete numa aventura destas e não tem qualquer problema em apontar uma navalha ao estômago de alguém para arrancar uma dezena de euros para a próxima dose só pode ser mesmo muito estúpido! Resta-me pouco da inocência de outros dias. O mundo cor-de-rosa tem cada vez mais pontos cinzentos e está a dar lugar a um cinza com pintas rosas...

Light


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