Wednesday, October 12, 2005

Erase and rewind...

Há situações que nos fazem equacionar a vida que levamos, as escolhas que fazemos e se somos ou não felizes com as opções que tomamos. Hoje, ao falar com uma desconhecida dos seus 60 anos - mas bem mais jovem e bonita que algumas pessoas mais jovens que conheço - comecei a pensar se por vezes não estou a desperdiçar os "melhores" anos da vida. Dizia-me ela que foi necessário uma doença para acordar, para ver que o stresse e a correria do dia-a-dia não a estavam a levar a lado nenhum. Teve a coragem para colocar um ponto final e fazer só aquilo que realmente lhe dá prazer. Porque, qdo fazemos um balanço ao fim de um determinado período de tempo, às x as coisas boas que nos lembramos são estupidamente poucas. Dizia.me ela que era bom sinal quando os pais olhavam para trás e se lembravam daquela tarde bem passada com os filhos no jardim ou daquele dia em que foram todos ao cinema. Não nos lembramos das discussões estúpidas porque não arrumaram o quarto ou não comeram a sopa toda. Isto para dizer que é bem mais importante passar mais tempo com quem mais gostamos do que desperdiçar a vida no corre corre do trabalho e dos afazeres diários. Estamos tão (con)centrados em nós próprios que nos esquecemos das pessoas à nossa volta. E eu que ia em trabalho, acabei por receber uma lição de tolerância, de amor ao próximo, de procurar fazer as coisas que mais gostamos porque não estamos aqui a fazer um estágio para uma próxima encarnação. É agora ou nunca e há que aproveitar. Parece um lugar comum, mas quando pensamos nisso é bem verdade. E para aqueles que têm a coragem de dizer basta, de colocar umas reticências e partir em busca da própria essência numa volta ao mundo, do fundo do coração que façam boa viagem ;) Eles sabem quem são. E se eu pudesse, fazia o mesmo!

1 comment:

bolas de sabão said...

Nem mais!!!! Assino em baixo!!!! :))))